Transtornos
Prazo de conclusão das obras da Federeca é novamente prorrogado
Pavimentação que deveria ter sido concluída este mês levará, pelo menos, mais 30 dias
Fotos: Paulo Rossi
Sonhado por mais de 20 anos, o ponto final no capítulo que conta a demorada história de pavimentação da ERS-737, conhecida como Federeca, foi novamente prorrogado. Nos 2,3 quilômetros inacabados da via, que seguem causando transtornos aos habitantes de Arroio do Padre e região, o trabalho que deveria ter encerrado no início deste mês está parado. A previsão de retorno das atividades é na próxima terça-feira, momento a partir do qual se passa a contar o novo prazo de conclusão do asfaltamento: entre 30 e 40 dias.
Para quem vive às margens da estrada e enfrenta diariamente com os desafios de trafegar no trecho em construção, as atualizações de prazo só aumentam a descrença na finalização da obra. Donos de um minimercado local, o casal Gilmar e Venilda Schlesener compartilham com preocupação do pensamento desde que viram o trabalho parar em 15 de fevereiro. Gilmar, que também é vereador do município, diz que o maquinário foi recolhido e os funcionários não apareceram mais, deixando entre os quilômetros 19 e 21 apenas uma sub-base de macadame seco, que são camadas de pedra britada.
O material aplicado também é causa de uma das reclamações de quem aguarda com ansiedade uma resolução. Funcionário de uma propriedade à beira da via, Sandro Greinke diz que, em dias secos, a camada de brita deixa a travessia esburacada, além de saltar nos veículos, arranhando e danificando os pneus. Isto interfere diretamente no fluxo, que precisa diminuir a velocidade para circular. “Quer pronto a gente quer, né? Mas duvido que aconteça tão cedo”, diz.
Na boca dos populares, além de pessimismo há também muitos rumores. Entre o que se houve falar, Gilmar Schlesener acredita que o trabalho retornará ainda este mês.
Já Greinke ouviu prazos que remetem a setembro. Suposições cheias de preocupação para a população local, que sente diretamente os reflexos da dificuldade de acesso ao município. Além de ser lesado pelos obstáculos que seus fornecedores enfrentam para chegar ao minimercado, Schlesener destaca ainda que o descarregamento da safra de fumo e a tradicional festa da maçã e o do caqui sofrerão mais um ano com inconclusão do asfaltamento da Federeca.
Nas palavras do Daer
Apesar da ausência de atividades no local, o engenheiro da 7ª Superintendência Regional/Pelotas do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), Luís Antônio Teixeira, afirma que as obras não estão paradas. Esta pausa é, de acordo com o profissional, parte do processo e ocorre porque após a drenagem e terraplanagem foi colocado uma sub-base de macadame seco, que precisa ficar exposto ao tráfego para ser acomodado. Teixeira garante ainda que o retorno das atividades encerradas dia 15 de fevereiro se dará na próxima terça-feira. Será executada a base com brita graduada e aplicação da capa selante. Este processo está previsto para durar entre 30 e 40 dias.
As obras neste trecho remanescente da Federeca estão sendo realizadas pela construtora Encopav e estão orçadas em R$1,9 milhão. Os demais 23 quilômetros da via foram concluídos, sinalizados e inaugurados em outubro de 2014.
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